♦♦♦

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

# 63


Asfalto quente

O cheiro quente tomou conta do ambiente
Subiu, fluindo fácil
Espalhou-se integralmente
Por todo volume do recipiente
O calor viscoso da mistura entorpecia
Derretia os pés, grudava ao chão

O cheiro do asfalto
Molhado pelo calor recebido inebriava
Transbordava mistos de sentimentos
Ao mesmo tempo que fascilitava o trânsito
Negava acesso

Pelo pouco trabalho realizado
Nos permitimos não só reclamar
Mas pensarmos no que pode ser bom
Enquanto lá fora mais uma máquina
Comprime o asfalto quente.

Diego.

16 comentários:

Unknown disse...

esse post lembrou minha infância, quando pisei no piche quente, derretido... doce lembrança!
Gostei do blog amigo , bjksss

Drica Menezes disse...

a máquina comprime o asfalto e nós continuamos lá...repetindo a mesma coisa dia apos dia....e viva a revolução industrial, humpf! bjao t amo!

Ingrith disse...

Muito lindo!

bom domingo!

Pa[†φ] BEiJo disse...

nossa, posso estar errada mas isso me lembrou muito os dias de chuva e cheiro de terra molhda...

e o cara é autentido e sincero sim... ele só demora muito pra enfiar a faca, parece que sente prazer fazendo pequenos cortes que talvez fiquem sicatrizes...

Diego. disse...

TODOS:

A MELHOR PARTE DE ESCREVER UM TEXTO SUBJETIVO É VER AS DIFERENTES INTERPRETAÇÕES QUE AS PESSOAS FAZEM E NO FIM UM POUCO DE CADA COISINHA QUE AS PESSOAS FALAM SE ENCAIXA!

=) ADOREI!

Anunn disse...

Por mais estranho que possa parecer… esse poema fez-me lembrar de chocolate!!

‘’ O cheiro quente tomou conta do ambiente
Subiu, fluindo fácil
Espalhou-se integralmente
Por todo volume do recipiente’’

Chocolateeee =p Não consegui imaginar asfalto nem nada do sentido original do poema… apenas me lembrei delicioso chocolate num recipiente a ser misturado, talvez pra fazer mousse ou um bolo. Engraçado, ter lido uma coisa que me fez lembrar de outra… heheheh

Silvia Madureira disse...

Olá:

Aqui fala de misturas de produtos químicos ...podemos comparar com sentimentos. Os sentimentos fervilham dentro de nós assim como a mistura dos produtos químicos pode fervilhar num recipiente.

Às vezes me questiono o porquê de alguém escolher uma profissão que é tão mal tratada? E também...me questiono o que te atrai na Física?

Aqui...Física não é muito amada porque é encarada pelos estudantes como algo complexo e pouco atraente.

Antes de tirar meu curso frequentei 3 anos da licenciatura em Física mas desisti porque não gostava das aulas laboratoriais...não gostava de fazer experiências, principalmente na área de electrónica...achava que era mais para rapaz. Não havia grande sucesso neste curso aqui.

Depois fui para o meu curso...já terminei e até já leccionei (é de ensino) e vejo o quanto é difícil ser professor hoje em dia!

Força se é esse teu grande objectivo!

Um abraço

Anônimo disse...

Blog mto bom............

Continue escrevendo assim!

Abraço

Anderson disse...

Concerteza, isso sempre vai acontecer, só que do jeito que você escreveu, no final... Só digo uma coisa:

"Pelo pouco trabalho realizado
Nos permitimos não só reclamar
Mas pensarmos no que pode ser bom
Enquanto lá fora mais uma máquina
Comprime o asfalto quente."

Pk Ninguém disse...

É a primeira vez que vejo um poema sobre asfalto... Mas é bem figurativo se formos levá-lo por outro lado.

Pa[†φ] BEiJo disse...

HAUHA MAS FOI VC MESMO QUEM FALOU QUE ELE ERA SINCERO, MAS BELEZA, AHCO QUE ELE COMO VC MESMO DISSE NÃO FUGIU A REGRA... QUEM VALERIA MENOS QUE ELE NESSA HISTÓRIA SE CONCORDASSE COM A PROPOSTA SOU EU... MAS COMO EU ME DOU O VALOR E AO DIREITO DE IR CONTRA MINHA VONTADE DIGO A TODOS QUE NÃO FICO

BJUS^^
TE DOLU

Diego. disse...

eu estava ironozando o moço! huahuahuahu erro de comunicação!

Carlos Vin disse...

Vlw! Diego... Pela torcida aí do Festival que estou particpando e por comentar lá no meu blog...

È verdade! Comentamos ao mesmo tempo..hehe

Bons textos hein...Um abraço e quando quiser é só voltar lá na casa: http://defecarparireumaideia.blogspot.com/

vlw!

Anônimo disse...

"Ao mesmo tempo q facilitava o trânsito, negava acesso".

Um passo para trás, para se dar tantos outros - ou mais - para a frente.

E no fim, continuamos inebriados pelo crescimento, pela modernidade q o aasfalto representa, porém, entorpecidos no meio da rua, entre as massas.

Onde iremos parar, amigo Diego?

Um abraço.

Paula Calixto disse...

Isso é percorrer estrada de há-mar!

Foi o que me remeteu. [risos]

Mais uma vez, parabéns! (:

Beijos, lindão.

Anônimo disse...

Maestria com as palavras tamb�m, tch� Senti o cheiro do CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente), nome t�cnico que os engenheiros d�o ao que n�s, pobres mortais, chamamos de asfalto. Tribom! �tima semana


abs do nil

♦ Pesquisa >>>

Google